“Eu poderia ficar recluso numa casca de noz e considerar-me rei do espaço infinito” – Hamlet, ato 2, cena 2.
Morreu nesta madrugada o físico britânico Stephen Hawking. A causa da morte ainda não foi revelada. Aos 76 anos, ele era portador de uma doença rara e degenerativa chamada Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), detectada aos 21 anos de idade, que comprometeu seus movimentos e paralisou quase todo o seu corpo.
“Estamos profundamente entristecidos pela morte do nosso pai“, disseram Lucy, Robert e Tim Hawking, filhos do cientista, através de comunicado.
“foi um grande cientista e um homem extraordinário cujo trabalho e legado sobreviverá durante muitos anos“. “A sua coragem e persistência, com a sua inteligência e humor, inspiraram pessoas no mundo inteiro. Ele disse um dia: ‘Isto não seria um grande universo se não morassem lá as pessoas que amamos’. Vamos sentir a sua falta para sempre“.
Mesmo com a dificuldade motora e consequências da patologia, Hawking conseguiu seguir seus estudos na física teórica com maestria, tornando-se um dos grandes nomes da ciência nos séculos XX e XXI. Com uma didática avançada, conseguiu levar temas complexos para muito mais pessoas do que os gênios que vieram antes — algo visto em livros como “Uma Breve História no Tempo”, “O Universo numa Casca de Noz” e vários outros.