Nanotale – Typing Chronicles | Review

Nanotale chega em sua versão finalizada com uma proposta bastante inusitada de jogabilidade: um jogo de exploração, aventura e combate focado na digitação. Isso mesmo, as suas ações no jogo são coordenadas por você digitando palavras. Acompanhe para ver o que achamos dessa experiência.

Nanotale - Typing Chronicles - Release Trailer

 

Brilhou os olhos

Primeiramente, quando ofereceram a matéria para mim, eu fui comprado em 5 segundos de trailer. Os gráficos do jogo são lindos, a personagem é carismática, e a proposta é bem interessante. Desvendar um mundo totalmente novo, te mostrando um monte de coisa bonita, elegante ou simplesmente fantástica me empolgou a tentar.

De início, achei que a ideia ia ser maneira. Quando comecei a jogar, notei que digitar não era tão legal assim, me lembrou os exercícios de digitação do cursinho de informática, mas depois que temos nossa primeira cena de ação, isto é, um combate de verdade, eu percebi que aquilo ia ser uma experiência bastante divertida. Fiquei positivamente impressionado.

Sobre o Roteiro

Rosalinda é uma maga, ou melhor, uma Arquivista, que enquanto estudava a flora local, correu para ajudar uma raposa enorme que estava sob ataque de criaturas Dissonantes. A partir daí começa nossa ventura, e da parceria dos dois. Quanto mais adentro da floresta, mais problemas encontrávamos, mas também mais maravilhas. Novas raças, novas espécies de animais, de “humanos”, de plantas, e isso acaba sendo uma das partes mais importantes do jogo, pois vamos desvendando a história, as lendas, descobrindo o estilo de vida de cada tribo… É encantador. Afinal, é um jogo de aventura.

Ainda seguindo essa linha de pensamento, o que falta em um jogo de aventura? Poderes mágicos, é claro. O sistema básico aqui funciona também por texto, obviamente. Ao apertar barra de espaço, Rosalinda se concentra e digitamos a “modalidade” de feitiço que vamos usar. Se vai ser um raio, se vai ser para atrair ou repelir o alvo, se vai ter algum atributo elemental, e até se é forte, grande, concentrado ou aleatório. São muitas opções porque precisamos delas.

A experiência

O level design do jogo também fez um trabalho satisfatório na parte dos puzzles. Nem sempre nosso alvo é “mirável”, ou seja, não podemos direcionar o feitiço a ele, seja uma poça d’água a congelar, uma árvore morta a queimar, etc, não tem uma palavra associada (que é nosso modo de selecionar alvos, digitando seu nome). Então, precisamos nos posicionar, mirar em um objeto além do alvo, e fazer o feitiço acerta-lo no meio do caminho. Parece meio chato, mas é interessante afinal, funciona bem dentro do jogo.

O combate é basicamente um teste de velocidade, com uma pitada de estratégia. A câmera muda para uma visão mais superior, e os inimigos começam a surgir, geralmente em hordas. Cada um tem sim uma palavra associada, e podemos conjurar feitiços neles para machuca-los até morrerem. Os vários tipos de inimigos têm fraquezas e poderes diferentes, podemos usar nossas magias elementais para garantir essa vitória. Quanto mais inimigos surgem, mais rápido você precisa digitar, e isso inclui os acentuação, ok? Então pense bem em quem você quer atingir primeiro, e como fazer isso da melhor forma.

Da experiência de jogo em si, uma coisa que eu realmente fiquei incomodado é a escolha do direcional. ESDF foi a escolha dos editores, em vez do clássico WASD. Isso seria super besta se não fosse a parte de digitar. Naturalmente, nossa posição de digitar é com o dedo no A, que vem a ser o mesmo dedo de andar para direita. No momento que temos que deslocar a mão para andar e deslocar de volta para digitar a palavra do jogo (que, de novo, é a mecânica principal), fica bastante desagradável, temos que olhar pro teclado e entender o que diabos estamos errando.

Considerações Finais

Basicamente é isso, é bem difícil contar mais de Nanotale sem dar muitos spoilers. Mas prepare-se para combater desde ratos até a nobreza, colocar em dúvida o que é bem e mal, e fazer amizade com criaturas com cheiro de menta.

O texto é totalmente traduzido, e até localizado, mas você pode configurar isso se quiser, mas tá tudo bem redondinho.

Eu sei o quanto isso soa esquisito, “um jogo para digitar, que sem graça né? Parece muito chato, perda de tempo”. Mas honestamente a experiência se mostra muito além disso. O jogo foi feito e pensado para essa mecânica dar certo.  E toda a história, o desvendar do mundo é tão amplo e rico que você é atraído a seguir em frente. E fará isso com gosto.

Ao mesmo tempo não vou negar que isso cansa sim um pouquinho, deixando aqui o ponto negativo do jogo. Não tem o que dizer, as vezes fico com preguiça de ter que digitar tanta coisa pra jogar o jogo, as vezes eu só queria um botão de dar porrada e pronto. Mas basta parar o jogo e continuar no dia seguinte, que tá tudo certo.

Ah, não é um jogo tããão leve assim. A máquina precisa ser um pouco mais que de entrada para rodar liso. Não foi o meu caso, então isso deu uma atrasada um pouco chata, mas que não me impediu de jogar.

Enfim, Nanotale foi uma boa surpresa que infelizmente acho que não vai chegar a todo mundo, mas que essa resenha ajude a te convencer a dar uma chance. Se você gosta da exploração, gosta de descobrir um mundo novo, com certeza você vai gostar. Eu quero com certeza jogar até o final.

Nota Final

7,5/10

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Essa review foi feita com a chave gentilmente cedida pela Plug In Digital.

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