Se você é um gamer como eu, ou acompanha nosso site, sabe que junho é o carnaval dos nerds, pois trata-se de um mês onde as maiores empresas do mercado de jogos, como a Sony, Microsoft e Nintendo (entre muitas outras), realizam suas apresentações e mostram para o mundo o que está por vir.
Tivemos o State of Play recentemente, marcando o início desses dias alegres, e claro que não faltaram novidades para os jogadores. A apresentação começou com um trailer de Resident Evil 4: Remake, e devo dizer que algumas coisas me desapontaram visualmente, mas outras não. De qualquer forma, ainda é muito cedo para discutir um produto que fora mostrado apenas por alguns segundos, e como o Resident Evil 4 é um dos jogos favoritos da minha vida, separei cinco coisas que não podem faltar no Remake.
5. Cinza é a cor mais quente:
Bom, a primeira coisa que já me deixou um pouco desanimado no jogo, e que espero que faça-se presente no resultado final do produto, é a palheta de cores cinzenta. Resident Evil 4 é sem sombra de dúvidas o jogo mais gótico da franquia (talvez superado por Resident Evil 8), e é um estilo muito charmoso para esconder defeitos gráficos e de processamento. Eu ainda não consigo enxergar o jogo como velho, apesar do fator “nostalgia” ter peso nessa história. De qualquer forma, desbravar a narrativa enquanto passamos por vales, pântanos, castelos e instalações nevoentas, antigas e cinzentas sempre foi um charme diferenciado, e espero que tragam isso de volta.
4. Chopin ficaria orgulhoso:
Tá, se tem uma coisa que eu me importo em jogos é a sonoplastia. Basicamente, o som de uma arma disparando, uma porta abrindo-se, a interação eterna entre jogador no ambiente que reverbera nas decisões sonoras dos designers é uma verdadeira arte, a caberia um artigo à parte (que pretendo escrever em um futuro não muito distante). Mas se tem uma coisa que Resident Evil 4 tem é boa sonoplastia.
O clássico tema de piano já acalentou a vida de milhares de jogadores que, assim como eu, cogitavam tacar seus Dualshocks na parede a cada morte no modo “Profissional”, e o tema da área de salvamento sempre ajudou a criar uma imersão contrastante no jogo, visto que tanto os momentos tensos quanto os momentos serenos eram igualmente respaldados por uma boa trilha sonora e bons efeitos. Quero que isso se mantenha, senão a serra elétrica vai cantar, em, Capcom?
3. 1998, I will never forget It…
Outra coisa que me preocupa, e muito, é alteração de eventos narrativos. Não que a preocupação seja a de alterar para um evento pior, visto que Resident Evil 2 e 3 Remake demonstraram a expertise da Capcom em atualizar não somente a jogabilidade, mas como a narrativa se apresenta e encaminha-se para o jogador.
O problema é que Resident Evil 4 marca o início de uma era na franquia conhecida por sua ação e frenesi, era esta que detém muito carinho em meu coração (e ódio no coração de muitos outros). Espero que as partes de ação e eventos interativos mantenham-se, visto que retirá-los seria simplesmente retirar a identidade da obra.
2. Leon, heeeeeelp!
A grande sacada de Resident Evil 4 é o fato de que somos enviados para resgatar a filha do presidente em uma missão arriscada e de fato temos que protegê-la durante parte do jogo. Retirar esse elemento seria, na minha opinião, um erro grave, visto que a obra original possuía um elemento desafiador, mas competente e equilibrado que mudava a dinâmica das sessões de jogo e certamente era um diferencial que precisa ser mantido.
1. Caminhos separados, destinos nem tanto:
Eu quase pulei da cadeira quando descobri que ao zerar o jogo no difícil uma campanha voltada para Ada era liberada, assim como me surpreendi nas vezes em que podia controlar ativamente a Ashley. Espero que o Remake possa trazer mais momentos inusitados e explorar outros personagens, como o próprio Luis ou o mercador, que marcaram a infância e a adolescência de muitos jogadores.
Fico feliz em saber que a Capcom está dando o devido cuidado para suas franquias, e estou otimista por esse jogo. Basta aguardarmos para finalmente controlarmos UN FORASTERO!