Gunpei Yokoi provavelmente não imaginava que seu modesto Game & Watch faria tanta diferença no mundo gamer. Seguido pelo primeiro Game Boy, do mesmo criador, a ideia de um console portátil era a de se distrair durante pequenos períodos de esperas e tédios, como filas ou viagens cansativas, como o próprio Senhor Gunpei, que costumava brincar com sua calculadora.
Embora a Nintendo tenha sempre dominado o mercado, outros disputaram. Mesmo antes da Sony lançar o seu PSP a SEGA, eterna rival da Big N nos anos 80 já tentara vencer a vermelha com o seu Game Gear cujo único pecado era o consumo absurdo de baterias.
Hoje, como não apenas o próprio presidente da Nintendo of America, Doug Bowser disse em entrevista que o Nintendo Switch está redefinindo o ciclo de vida de um console, vemos que ele também parece estar redefinindo como as pessoas jogam.
Ao lado dos jogos mobile que se tornam cada vez mais avançados, de serviços como o Xcloud e Stadia, e de novidades como a surpresa que está sendo o anúncio do Steam Deck, parece que cada vez mais os jogadores do mundo tem buscado uma experiência mais portátil, ou ao menos mais… aconchegante? Confortável de se jogar?
Um bom exemplo é o Reino Unido, país onde videogames até pouco tempo sequer faziam tanto sucesso entre adultos, e que hoje é um dos pontos onde o Nintendo Switch explode de vendas, deixando mesmo o PlayStation 5 e o Xbox Series muito para trás, mesmo sendo um console com os seus já 5 anos de vida.
Parece que, num futuro, cada vez mais veremos gamers buscando uma experiência mais pessoal, que possa ser levada e apreciada em qualquer lugar, e que as jogatinas em tela grande, na TV da sala ou no PC, sofrerão um reverso, estas sim passando a se limitar aos eventos sociais, festas e torneios.
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