Cowboy Bebop – 1×3: Dog Star Swing | Crítica

 

 

 

 

 

Após um primeiro episódio razoável, um segundo episódio problemático, a adaptação de Cowboy Bebop enfim encontra seu fôlego e empolga com um terceiro episódio quase impecável. 

O primeiro e maior mérito do episódio vai para a direção de Michael Katleman que se equilibra muito bem na ação e principalmente no humor, extraindo a melhor dinâmica até então de Spike e Jet. Os ângulos holandeses usados nos outros dois episódios voltam aqui com um propósito maior e enriquecem muito a estética que é outro acerto. Esse episódio é simplesmente um deleite visual, uma cinematografia impecável. Cenários excelentes, cores marcantes, absolutamente tudo exala personalidade e enche os olhos elevando muito essa adaptação. 

O elenco segue competente. Jon Cho como Spike e Mustafa Shakir como Jet dito possuem a melhor dinâmica aqui nesse episódio. A relação dos dois funciona e parece que a cada episódio, os atores ficam mais confortáveis em seus respectivos papéis e ficam assustadoramente parecidos com suas contrapartes do anime. Outros atores com passagens breve como Elena Satine como Julia, Tamara Tunie como Ana e Alex Hassell como Vicious não comprometem tanto aqui tendo participações muito econômicas, ainda que aparentemente dispensáveis para a trama do episódio, com exceção de Vicious. 

A trama do episódio é outro acerto, em essência ela é a adaptação espiritual de um dos episódios do anime, mas diferente dos anteriores ela consegue fazer jus ao que o episódio original trazia e consegue inserir mais camadas em nossos protagonistas. A jornada de Jet para encontrar a boneca para o aniversário de sua filha é cheia de humor, mas há muito coração e verdade ali. Até mesmo o “vilão da semana” funciona melhor, o dilema de Spike com seu passado é melhor trabalhado e o encerramento é empolgante valendo mencionar o uso excelente da trilha sonora The Real Folk Blues

Não poderia deixar de elogiar também a chegada do novo tripulante, o cão Ein. 

 

Em resumo, o terceiro episódio de Cowboy Bebop encontra um equilíbrio muito bom entre adaptação e ideias originais entregando algo memorável, cheio de personalidade e com um visual marcante. Agora resta torcer para que os próximos sigam o mesmo exemplo…

Nota: 8,5/10

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