Cowboy Bebop – 2×2: Venus Pop
No episódio anterior, fomos introduzidos a uma ótima cena inicial e a excelente abertura baseada na abertura do anime, porém a qualidade foi caindo no resto do episódio e em “ Venus Pop” temos uma repetição disso que parece ser uma constante nessa adaptação da Netflix.
Também dirigido por Alex Garcia Lopez, o segundo episódio de Cowboy Bebop é um entretenimento estranho. Por que é estranho? porque temos ótimas referências ao material fonte logo no início, um vilão que dá uma piscadela para um dos melhores episódios do anime, mas uma narrativa que não se sustenta e um tom confuso. A excentricidade do mundo colorido com uma história intimista não parece ter encontrado o equilíbrio nesse episódio.
Acompanhamos Spike sendo confrontado por figuras do seu “não tão misterioso passado” no início e isso serve de motor para a trama do episódio andar, porém, dividi-la com o núcleo de Jet, a ameaça do episódio e Vicious e Julia não me pareceram a melhor das ideias. Falta ritmo… de um lado temos repetições e repetições de atritos entre Spike e Jet (sim, isso existe no anime), mas aqui parece faltar substância, e de outro temos diálogos fracos e pouco interessantes entre Jet e Ana, interpretada por Tamara Tunie. Em momentos como esse, o diretor não parece extrair o melhor de seus atores. Erros que se repetem com Vicious, interpretado por Alex Hassell e Julia interpretada por Elena Satine. Esses últimos de longe são a pior coisa da série até então, contando com duas interpretações afetadas e uma caracterização ruim. A cena de grande “destaque” de ambos onde temos o encontro com os anciãos até soa como uma série completamente diferente. Temos um texto fraco e uma cena mal dirigida que falha em criar qualquer empatia com a introdução desses personagens.
No final do episódio, Spike e Jet se resolvem após uma sequência de ação pobremente inspirada e a sensação que fica é que a trama não tinha muito a oferecer. Outro ponto curioso é a ausência de Faye que no episódio anterior comprometeu completamente o ritmo e que aqui simplesmente desaparece. Fica injustificável o fato de terem a introduzido logo de início já que ela não teria serventia para esse segundo episódio.
Resta aguardar o que vem para os próximos episódios, mas o Cowboy Bebop da Netflix parece se dar muito bem na questão visual e deixar a desejar no que realmente importa…
Nota: 4/10