Cowboy Bebop: 1×6- Binary Two-step
Apesar dos tropeços iniciais, a adaptação da Netflix parece estar tendo uma crescente ao longo da temporada, ainda que alguns erros persistam. No entanto, em termos ténicos a série continua digna de elogios e nesse episódio em especial, temos um show estético. A direção de Michael Katleman continua no ponto certo unida com um texto muito competente dos roteiristas Christopher L. Yost, Karl Taro Greenfeld e Sean Cummings.
Temos duas narrativas distintas: Spike preso em seu próprio consciente enfrentando dilemas do passado ( com um péssimo aproveitamento – de novo – de um vilão do anime) e um núcleo entre Faye e a atriz convidada Jade Harlow como a mecânica Mel, as duas personagens tem uma interação tão interessante seja na dinâmica da atuação e no texto que fica uma vontade de ver mais disso. Talvez a personagem Mel devesse entrar para a tripulação da Bebop. (?)
Outro acerto desse episódio é a excelente trilha sonora assinada pela Yoko Kanno. Há um tema no final que flerta muito com temas de faroeste a la Ennio Morricone e que dá uma crescente muito empolgante para a resolução final do episódio.
Ainda dentro dos acertos técnicos, toda a direção e o visual distorcido das ilusões em que Spike está preso são muito imersivas e bem realizadas. Um episódio bastante empolgante.
Nota: 8/10
Cowboy Bebop: 1×7 – Galileo Hustle
Coração. É o que define o sétimo episódio de Cowboy Bebop da Netflix.
Com Alex Garcia Lopez voltando na direção e a mesma equipe no roteiro, o episódio já se inicia com uma sequência muito divertida que remete aos momentos mais cotidianos do anime. Uma coisa muito interessante é que elementos do episódio anterior são mencionados, situações pequenas o que dá uma sensação muito interessante de continuidade.
A narrativa se divide em duas situações mantendo a temática de “família” que o episódio estabelece. Primeiro temos Faye e sua “mãe”, interpretada pela atriz Christine Dunford, com atuações boas e uma dinâmicas divertida ainda que a resolução do arco das duas seja bem fraca. Segundo temos Jet e sua filha, carregando muito humor e coração na trama principalmente na resolução.
As questões técnicas não se sobressaem tanto nesse episódio ainda que o design de produção mereça elogios, mas o roteiro é o que brilha. Nos momentos finais quando Faye está contemplando o único pedaço que sobrou de seu passado é tocante, é humano e é simples. Sim, há coração na adaptação de Cowboy Bebop.
Nota: 8/10