Entrevista Com Chris Tex | A ascensão do cinema brasileiro com o novo filme Wind Princess, tributo ao Nausicaä do Vale do Vento!

Divulgação/Wind Princess

Anda rolando por aí um teaser do curta-metragem chamado Wind Princess, que homenageia uma das obras do famoso cineasta japonês Hayao Miyazaki. Essa mega produção totalmente independente, é dirigida pelo diretor Chris Tex. Um brasileiro que está buscando outros horizontes no mercado de cinema nacional. Com a sua visão diferenciada e apostando alto em uma grande produção de ficção científica, Chris Tex nos mostra que o futuro do cinema nacional pode ser tão belo quanto a próxima fase do Universo Cinematográfico da Marvel.

Se ainda dúvida, assista abaixo o teaser, nos primeiros minutos de Wind Princess. Que mostra a paixão de Tex com o universo de Miyazaki de forma totalmente diferente, como nunca vista antes:

WIND PRINCESS - OFFICIAL TRAILER (NAUSICAÄ TRIBUTE)

Encantados com o novo projeto, fomos bater um papo com o possível Spielberg brasileiro sobre o seu novo filme, que está em período de divulgação. Na conversa falamos sobre o cinema brasileiro e como Wind Princess pode mudar o jogo do processo criativo das obras cinematográficas nacionais.

Estamos aqui com Chris Tex, que está divulgando o seu mais novo projeto chamado Wind Princess, obra inspirada em Hayao Miyazaki. Obrigada por está aqui conosco Chris.

Obrigado a vocês pessoal, por me receberem aqui.

Então, Chris. De onde veio essa vontade de ser diretor? Porque diferente dos outros diretores brasileiros, você tem uma pegada mais ficção científica, aventura e um pouco de terror. De onde veio a inspiração de seguir essa carreira?

A história é um pouco longa, mas vou tentar resumir. Desde moleque, eu sempre pirei em animação. A Tv Manchete foi o meu berço. Quando criança, eu assistia os Cavaleiros do Zodíaco e outros programas. Só que eu sempre fui péssimo no desenho e eu sempre quis ser um artista, desenhar como os caras, mas sempre fui ruim e aí eu me descobri no vídeo. Quando as câmeras surgiram, eu falei: “ Esse é um espaço que eu consigo dominar melhor”. E aí desde a adolescência eu jogava bola na rua com os amigos, soltava pipa, essas coisas… e enquanto a galera brincava, eu na verdade, ficava filmando. Fazendo vídeo caseiro! Se o YouTube existisse na época, eu com certeza, seria um dos primeiros a ter um canal. Então, eu juntava com meus amigos e fazia umas ficções doidas. (Risos)

Depois, eu consegui uma bolsa na faculdade de cinema, só que eu fiquei muito frustrado com a faculdade, porque ela te ensina a fazer um filme mais autoral, um filme mais artístico, mais cabeça e eu cresci vendo Spielberg, vendo Sessão da Tarde, então eu falei: “Eu quero fazer filmes de aventura, de ação, coisas que me emocionam”… Eu fui fazer cinema para isso. Então… foram 4 anos que eu fiquei meio desiludido. Acabei fazendo um curta independente, com os amigos da faculdade, essa foi a parte boa da faculdade, que você conhece pessoas que estão afim de fazer cinema igual a você e aí eu fiz um filme independente. Foi bem legal, era uma comédia e rodou em alguns festivais, mas eu fiquei frustrado também com os festivais de cinema. Porque, pelo menos os que eu passei, era muito mais glamour do que alguém está realmente interessado em assistir uma obra que você se dedicou.  Por exemplo, eu passei 2 anos fazendo aquele curta e aí existia um crítico que estava lá só para beber vinho e ficar fazendo social… Foi quando eu falei: “Cara, aqui também não é o meu espaço”. Eu queria que minhas obras tivessem contato com o público e nessa época o YouTube já estava em alta, então pensei: “Vou fazer filme e lançar no YouTube, por que lá vou  sentir a resposta do público”. Afinal é muito difícil distribuir um filme, eu particularmente não conseguia fazer nada.

Divulgação
Divulgação/Chris Tex

Foi então que eu comecei a fazer uma Websérie de nerds e zumbis na época e deu muito certo, consegui vários fãs, mas, infelizmente,  o YouTube não consegue remunerar o suficiente para sustentar uma série. O YouTube é ótimo para quem quer ser um YouTuber, que é uma pessoa fazendo vídeo que só depende dele mesmo, já eu tinha uma equipe de 100 pessoas, com câmeras de cinema e etc.

Não remunerava o necessário para bancar tudo isso.

Não remunerava. Então, acabou que a série morreu por conta disso, só que, felizmente, eu consegui entrar no mercado. Comecei a fazer séries infantis, de aventura, que envolvia essa trama mais Spielberg. E aí no paralelo, como meu sonho sempre foi fazer fazer um longa, eu decidi pegar tudo que eu ganhei, porque na época eu ganhava dinheiro como montador e não diretor e comecei a investir nos meus projetos. O Wind Princess é um deles.

Com essa paixão no mundo asiático expresso em seu trabalho, mais focado na verdade no universo criado por Miyazaki, como chegou até ele e o transformar em sua inspiração para a produção de Wind Princess?

O meu contato com o Miyazaki foi um seguinte. Eu lembro que…  A Viagem de Chihiro estava nos cinemas, aqui no Brasil. Eu achei o trailer muito diferente e falei: “vou ver esse filme”. Eu não conhecia o Miyazaki e nenhuma obra dele, porque não chegava até aqui. Só que esse filme, acredito que pelo fato dele ter concorrido a um Oscar, ganhou uma exposição maior no mundo. Daí, eu assisti. Confesso que no primeiro momento eu não curti a história, mas eu tinha pirado na forma como ele contou. Como eu sempre gostei dessas coisas clássicas, Miyazaki foi muito revolucionário para mim.

Ele foi tão revolucionário, que eu não gostei, porque ele quebra tanto os padrões clássicos que eu falei: ” nossa, eu não sei se eu gostei desse filme”. Só que aquele filme marcou e eu pensei: “mas eu preciso ver mais coisas desse cara, para ver se eu que estou errado ou se esse cara é um gênio”. E aí eu descobri que, obviamente, eu estava errado. Fui assistir a Princesa Mononoke, o meu favorito de toda a filmografia dele, e depois fui buscando, e buscando.

Divulgação/Miyazaki/Chris Tex

Um dos meus animes favoritos e o primeiro filme que eu vi na vida foi Akira. Eu lembro que eu fui na locadora e meu pai deixou alugar. Só que eu fiquei traumatizado, porque Akira é um filme de terror, é sanguinolento, tem uma trilha pesada,  violência e eu falei: “nunca mais quero ver esse filme”, só que ele me marcou muito e vira e mexe, ele passava na Band. Lembro que eu ficava zapiando para ver de novo.  Para mim  esse filme se tornou um marco e confesso que, no começo, eu pensava em fazer uma homenagem para o Katsuhiro Otomo. Mas Akira já estava e está muito no hipe. Era um negócio que um monte de gente já estava falando, inclusive vai ser lançado agora pelo DiCaprio. Então eu precisava de algo que ninguém estava prestando atenção, algo que seja tão joia bruta quanto Akira que tem um universo fabuloso.  O longa não conta nem um terço da história do mangá e o mesmo vale para a obra Nausicaä. Quando eu li o manga, além de ficar maravilhado com tudo, eu percebi que ninguém dava bola para aquela brilhante obra de ficção cientifica. Então resolvi arriscar.

Com essa produção sendo independente, o que chama atenção é a qualidade nos efeitos visuais mostrados no teaser, que chegam a níveis de séries televisivas norte-americanas. Como conseguiu produzir Wind Princess com essa qualidade sem patrocinadores? 

Wind Princess é um projeto que eu priorizei a qualidade, tanto que eu estou a 4 anos nele. Eu podia ter lançado algo e já ter terminado, talvez a dois anos atrás, mas eu quero fazer algo grande e com qualidade. Eu quero que as pessoas assistam e se surpreendam. O filme não terminou, até hoje por conta disso, porque a gente está tentando entregar o melhor resultado, apesar disso ser um risco, pois o filme tem muito 3D e os efeitos visuais envelhecem, então eu tenho medo de demorar muito e daqui a pouco os efeitos ficarem velhos. Mas eu acredito que o grande segredo é que eu tenho uma equipe que topou fazer esse projeto com muito amor e talento. Então, a partir do momento que você tem um monte de profissionais colocando toda a sua energia, seu foco, sua determinação, o resultado com certeza vai ser maior. É como a gente fala, a película imprime a vibração do processo. Claro que, se a gente tivesse dinheiro já teríamos acabado há muito tempo atrás e chamado os melhores profissionais possíveis que pudessem agregar.  Eu fiz esse filme em 2016 e estou há 3 anos procurando uma pós. Até finalmente encontrar a Tribbo-post que topou embarcar nessa. Para mim, o desafio desse curta é a pós-produção. A gente está tentando deixar em uma qualidade norte-americana, europeia, gringa.

Divulgação/Wind Princess
Divulgação/Wind Princess

Sem ter um suporte econômico, quais foram as maiores dificuldades e qual o seu combustível de ter forças para continuar essa jornada e entregar para o público um filme com a melhor qualidade possível?

Bom, foram várias dificuldades, mas falarei as que eu lembro agora. Com certeza a maior dificuldade é financeira e se eu tivesse dinheiro eu teria resolvido muitos problemas, mas também foi um desafio. Quando você está em uma situação, o ser humano dá os seus pulos, você se vira nos 30.

Eu lembro que uma das dificuldades foi ir até um deserto  no sul do Brasil com uma equipe de 12 pessoas, que cabia numa vã. Era tudo que a gente conseguia. Levando câmeras de cinema, a nave da Nausicaä que a gente construiu, levando tudo. A vã quebrou várias vezes no meio do caminho. Pegamos uma tempestade de areia lá! Só que ao mesmo tempo aconteceu muitas coisas maravilhosas. Tipo os habitantes locais nunca viram isso. Eles ficaram tipo: “Quem é essa galera, essa  menina alien com uma nave, no deserto”. E eles viram que a gente estava lá no deserto, se dedicando… a gente conseguiu um apoio local muito absurdo. Os caras que nunca viram cinema tinham um jipe que nos levaram para o meio das dunas e nos ajudaram carregando coisas de produção e etc. Super no amor também.

Divulgação/Wind Princess
Divulgação/Wind Princess
Divulgação/Wind Princess

Então teve várias dificuldades, mas muita ajuda. Quando a gente chegou teve a maior tempestade da história daquela cidade. Estava um caos, uma chuva, só que no dia que a gente começou a filmar, abriu o maior sol da face da terra. Foi um dos dias mais lindos que eu já vi. A gente conseguiu filmar quatro dias seguidos num ótimo clima. Quando eu falei o último corta, bruh! voltou a cair a tempestade, eu falei: “Vamos embora que já deu certo”. Mas eu acho que a dificuldade principal é você manter a chama da equipe acessa. Porque a galera não está lá pelo dinheiro, as pessoas estão pelo amor, só que é muito difícil você exigir muito de uma pessoa se ela não está recebendo algo em troca, sabe?

Sem remuneração.

Sim, sem remuneração. Então, eu acho que tem esse jogo de incentivar a pessoa e ela saber que ela está ali numa condição. Foi essencial ter uma equipe composta de amigos, porque assim existe uma afinidade, existe um compromisso maior, uma liberdade que você consegue falar com as pessoas, e tentar fazer a chama se manter acessa.

Divulgação/ Wind Princess
Divulgação/ Wind Princess

Sobre o combustível…. teve várias horas que eu pensei em desistir, mas quando você vê o resultado, vê as imagens que você produziu, vê o figurino sendo criado… vê as  coisas tomando forma, cara, não sei para as outras pessoas, mas para mim, tudo valeu a pena. Eu não me arrependo de nada, eu faria tudo de novo. Claro que, de outra forma hoje. Eu não me arrependo de como foi feito. E eu quero fazer muito isso. É um negócio em que eu me descobri, é um sonho e que eu quero manter na vida. Filmar e viajar. Essa experiência de fazer um filme e viajar é uma das melhores experiências e memórias que se pode ter na vida. Esse é o meu combustível.

Além do objetivo de homenagear o seu cineasta preferido, você pensa em alcançar algo além disso, com o seu projeto? Mesmo você não sendo remunerado no momento, mas no futuro, acha que Wind Princess pode te trazer algo?

Sim! Essa inclusive foi a minha ideia, a estratégia entre aspas. Além de prestar uma homenagem ao Miyazaki, que é um dos meus diretores favoritos. Eu queria me provar e provar que a minha equipe, e todas as pessoas envolvidas, somos capazes de fazer conteúdo de alto nível e de ficção científica. Porque, o que eu mais escuto no mercado, onde faz mais de 10 anos em que eu ando batalhando, é que muitas pessoas acham que a gente não é capaz de fazer esse nível de conteúdo e que a gente tem muito o que aprender. Ninguém está afim de arriscar. Todo mundo joga no certo. “Ah, o que está dando certo? É comédia popular? Então todo mundo vai fazer comédia popular”. “Ah, mas ninguém está fazendo sci-fi, por que eu vou apostar em você para fazer o primeiro sci-fi?”  Essa é sempre a pergunta. “Por que você merece ser o cara do Sci-fi? O cara da aventura? O cara da ação?” Então, é muito difícil porque você também não tem como provar. Você não pode só ir lá e falar: “Ah, mas eu sou o cara porque eu gosto”. Então agora eu consigo dizer: “lembra que eu falei que dá pra fazer? Olha aqui, dá para fazer.” Então foi por isso. Essa foi a minha tentativa de provar para as pessoas que é possível fazer e que eu sou capaz de fazer.

Divulgação/Wind Princess
Divulgação/Wind Princess

E é exatamente sobre isso a próxima pergunta! Porque o mercado de trabalho brasileiro hoje é muito escasso em diretores que vão para esse lado de ficção científica, aventura, ação e terror. Então… você acha que com esses projetos, aliás há vários projetos seus com esse seguimento e o Wind Princess é o que veio para emplacar. Você acha que pode revolucionar o cinema brasileiro e inspirar outros jovens a produzir conteúdos parecidos, mostrando que é possível o brasileiro fazer algo nível norte-americano?

É… assim… eu acho muito difícil dizer que eu vou revolucionar ou que eu vou inspirar, porque são consequências que acontecem sem eu querer. Acho que toda revolução ou inspiração, eu imagino por exemplo, ninguém escolhe ser famoso. Eu acho que as pessoas escolhem se você é famoso. Não é você que acorda um dia e diz: “Hoje eu vou ser famoso.” As pessoas vão virar e falar: ” Olha trabalho dessa pessoa! É muito bom!!” e aí você vai se desenvolvendo com isso.

Eu acredito que nós brasileiros somos capazes, é uma coisa que eu acredito. Não sei se a gente vai conseguir algo algum dia, isso eu não sei prever. Dizer: “Nossa os brasileiros vão chegar em Hollywood e ter um Brazilian Storm, meu”. Não sei se isso vai acontecer, mas eu espero que a minha atitude de fazer um filme e se provar possa sim estimular outras pessoas a seguir esse caminho. Não é um caminho fácil, já digo, mas eu realmente espero que alguém possa assistir esse trabalho e fazer ela pensar: “Eu também quero fazer isso. Eu também tenho esse desejo”. E acho que só assim surge a revolução. Acho que depois de muitas pessoas estarem almejando algo, estarem produzindo algo, estarem fazendo a máquina girar possa mudar. Eu não sei se sozinho vou conseguir mudar algo no Brasil.

De todos os seus trabalhos, qual o seu preferido? Ou você pode dizer que Wind Princess é o seu bebê?

Sim, eu acho que até hoje o Wind Princess, na minha opinião é o meu bebê. É o que eu acho mais redondo, mais diferente, é o que eu tive o controle 100% da obra, sabe assim? O Nerd Of The Dead também é um projeto que eu gosto… na verdade, todos os meus projetos eu gosto, até as publicidades que eu fiz. Só que tanto o Nerd Of The Dead quanto Wind Princess são dois projetos que eu tive o dedo autoral muito grande por ter roteirizado, dirigido e produzido. Nos outros projetos, eu só fui um diretor contratado. Eram projetos muito maiores, mas esse eu senti que estava preparado, já sabia como a máquina funcionava, eu já conhecia os profissionais, eu já sabia o que eu queria. Eu consegui fazer uma sequência de ação que eu me orgulho. Eu olhei e vi que isso aqui estava muito diferente. Acho que ninguém arriscou por esse lado. Então, nesse sentido ele tem muitos aspectos positivo. Já o Nerd Of The Dead foi uma escola. Ele tem várias coisas que eu gosto muito, as vezes eu revejo e tal, mas o Wind Princess eu acho ele mais maduro. Ele é um filme mais certeiro. Tem um olhar diferente ali. É o que eu sinto.

Divulgação/Wind Princess
Divulgação/Wind Princess

Você tem algum recado para os nossos leitores fãs de anime, mangá, do próprio Miyazaki. Falando sobre o próprio projeto ou algo assim?

Tenho, claro! Gostaria de pedir para as pessoas compartilharem o filme, porque ele foi feito com muito carinho e amor e quem sabe juntos podemos chegar até o Miyazaki. Eu nunca fui para o Japão, eu sonho ir para o japão e desde criança eu tenho essa cultura. A minha casa é toda decorada no estilo oriental e eu vivo na liberdade…(risos)

Sério?

Sim! Eu quero muito conhecer o Japão. Seria um sonho. Eu nem sei qual seria a minha reação quando conhecesse o Miyazaki. Eu só… sei lá. Ia agradecer e falar: “Cara, obrigado por existir, você é fod@, você mudou a minha vida.” Mas é uma pessoa que eu realmente admiro, assim vamos lá. Ele é um cara que além de não seguir o padrão clássico  da estrutura da Jornada do Herói e tudo mais. Você percebe quase não existe vilões nos filmes dele! Os personagens são todos complexos. Mesmo no Castelo Animado, quando a velha que transforma a menina em velha, tipo seria o papel da vilã, não é uma vilã. Ela só tinha um conflito interno e a menina ainda cuida dela no final! Fod@! Então assim, ele consegue fazer roteiro, desenhar, fazer mangá, dirigir produzir, o cara é mestre. E ele tem uma forma de pensar que eu admiro muito, por exemplo, ele fala que toda vez que ele desenhava algo feio, algo monstruoso, ele percebia que ele e outros artistas, fazem a mesma expressão em seus rostos daquilo que eles estão desenhando. E que isso faz mal para ele. Ele percebeu que ele estava de cara feia o dia inteiro, por estar desenhando um bicho feio o dia inteiro e quando ele desenhava coisas bonitas, coisas belas, o próprio rosto dele iluminava e mudava sua feição. É essa filosofia dele que eu acho muito fod@. Então, sem mais delongas, o meu recado é que eu não vou desistir. Eu vou acabar esse projeto não importa quanto tempo demore. Tenho outros projetos que vou continuar fazendo. Já tenho até inclusive um roteiro novo que é uma ficção científica, Thriller.

Opa, notícia exclusiva!

Sim, exclusivo! Acabei antes de ontem o roteiro e que eu pretendo rodar daqui a dois meses. Vai ser um curta também, acho que vai ser bem massa e pouco menos megalomaníaco que o Wind Princess que tem monstros e tal, mas quero que tenha um visual chamativo também.

Já fiquem de olho que vai ter projeto novo, exclusivo aqui para o Alternativa. Fiquem de olho!
Chris, muito obrigada pela sua presença. Sou muito fã sua agora, já conhecia o seu trabalho, mas agora virei uma fã.

Obrigado!

Eu desde já, agradeço a sua presença, mas também agradeço em nome de toda a equipe e todas as pessoas que são fãs de cinema por você estar fazendo esse trabalho. Para mim, já é uma revolução. Porque é alguém que está jogando na mídia algo e por pouco tempo poderemos ter filmes como Vingadores feito por brasileiros, porque esse é o meu sonho. Imagina um filme de ficção científica com um nordestino, por exemplo. Ia ser louco! Então eu acho que você já está sendo o início para isso acontecer.

Acho que antes de depender de mim e dos profissionais é o mercado. Como a gente vive em um mercado que se sustenta por leis de governo, é muito difícil um projeto tipo Vingadores ser aprovado pelo governo. Então, eu acho que a gente precisa de uma indústria. O que eu gostaria que existisse no Brasil é uma industria em que as produções de filmes são feitas aqui  e que se pagassem. Porque, o problema aqui no Brasil é que não existe oferta e demanda. Como existe preconceito com filme brasileiro, o próprio público não assiste. A não ser que seja algo muito excepcional e muito bom. Mas se você pegar a média dos últimos filmes no Brasil, você vê que todos deram prejuízo de bilheteria. Então não tem um mercado. Por isso que é dinheiro de governo e não volta. Mas eu acho que quando alguém sacar que existe um nicho, como a própria Comic-Con já provou isso, que existe uma galera muito fã e que tudo que eles precisam é um conteúdo muito bom para esse público, eu tenho certeza que esse projeto vai se pagar, que vai ter retorno e fazer a máquina girar. Só que, AINDA, ninguém está produzindo para esse público, então falta esse olhar. É porque eu não tenho grana, mas se eu tivesse, fosse um grande produtor estaria fazendo conteúdo para esse público. Wind Princess é só uma lasquinha, uma pedrinha do que pode ser o futuro.

Obrigada mais uma vez!

E esse foi o Chris Tex pessoal, divulgando o seu filme Wind Princess que estará disponível em breve e de forma gratuita online.

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