A Bruxa dos Mortos – Baghead é um longa metragem distribuído pela Imagem Filmes, dirigido por Alberto Corredor e sendo produzido pelo mesmo produtor de grandes nomes como “It: A Coisa” e “Noites Brutais” traz sua nova obra como um terror de fábulas fantasiosas que tenta pender para o lado de “Hereditário” e “Babadook”.
O filme com o roteiro escrito pela dupla Christina Pamies e Bryce McGuire, fala sobre a jovem Iris (Freya Allan, Ciri da série The Wichter) que após o falecimento brutal de seu pai acaba herdando o The Queen’s Head, um bar antigo, que abriga uma entidade que consegue incorporar os mortos.
A Partir deste ponto haverá spoilers
Como todo início de trama de um bom terror sempre aparece a cena inicial trazendo um ar de melancolia e um mistério sobre uma criatura que mora no subsolo de um bar antigo caindo aos pedaços no qual desesperados entram em contato com o dono para poder falar com a entidade, mas o dono já arrependido do que faz, nega o contato e acaba sendo vítima do sobrenatural que habita aquele local.
Iris, filha do dono, não tem contato com ele há anos e acaba herdando o bar e vê nisso a oportunidade de gerar o capital que necessita para terminar a faculdade e viver de sua arte junto com sua amiga. Entretanto, ela acaba descobrindo que uma bruxa imortal vive num buraco na parede de seu porão de uma forma um tanto quanto surpreendente.
E sem pensar duas vezes e apenas com sua ambição em vista, começa a usar os poderes da bruxa para ajudar um viúvo a superar a perda de sua esposa. Porém, diversos acontecimentos sobrenaturais começam a mudar o rumo dos objetivos e destino de todos que usam a entidade.
O enredo em si tem uma ideia interessante caso seja bem trabalhada. É um plot criativo, trama que faz o telespectador querer descobrir mais sobre o local e a entidade que ali é aprisionada e aprisiona outros.
Elementos que geram tensão e uma promessa genuína de sustos, além da assombração que gera curiosidade por ter uma história interligada com as famosas bruxas de Salém.
Diferente de muitos filmes de terror, a atuação não deixa a desejar e sabem muito bem como construir cada parte do filme, fazendo com que o telespectador compre a ideia e se sinta intrigado com tudo que está acontecendo ao redor da história. Em alguns momentos, é perceptível que tentaram fazer contrapartes como uma moeda sendo jogada para o “cara ou coroa”, mas desde o início sabemos, por meio de um spoiler feito pelo pai da protagonista, que a resposta foi entregue do resultado.
Infelizmente, nem toda a obra é perfeita, então o começo é um pouco arrastado e o final corrido, mas ainda assim, coeso. Os efeitos sonoros não focam em jumpscares, entretanto, quando o som indica que a Baghead está se aproximando se assemelha muito aos efeitos sonoros de filmes sobre alienígenas, deixando um som desconfortável e sem nexo para uma bruxa centenária.
A história da entidade também não faria muita diferença se não fosse apresentada. Mas como escolheram mostrar o passado do vilão, poderia ter sido de uma outra forma na qual os telespectadores ficassem a favor da bruxa contra aqueles que deveriam ser considerados os mocinhos da história.
Isso não quer dizer que com o lado do mal vencendo o bem seja necessariamente ruim, pois, o final em aberto deixa um gancho para talvez uma continuação que dê a chance de uma virada no jogo.
Temos como a sinopse e trailer oficial:
“Um homem de luto busca ajuda de uma bruxa que muda de forma para se comunicar com os mortos”.
A Bruxa dos Mortos – Baghead pode ser assistida em diversas salas de cinemas em todos os territórios nacionais. Confira também outras novidades da Imagem Filmes apetando aqui!
Crítica/Review
A Bruxa Dos Mortos - Baghead
Um terror de fábulas com uma história instigante no qual o mal vence o bem. Como nenhuma obra é 100% sem defeitos, há algumas pequenas coisas que incomoda, mas nada que estrague o enredo e a obra. Afinal, o vilão realmente é mal?
PRÓS
- Instigante, fazendo que o telespectador entre na história
- Enredo, é criativo
- Elenco, interage muito bem entre si e não deixa a desejar
- Direção, o diretor soube como utilizar a tensão e quantidade de horror presente na obra
- Trilha Sonora, não há muita música empregada e as poucas usadas funcionam
CONTRAS
- Efeitos Sonoros, afinal, é uma entidade sobrenatural ou um alienígena?
- Enredo, início arrastado e final corrido
- CGI, em alguns momentos os efeitos falham
- Efeitos Sonoros, se encaixariam melhor num filme alienígena
- Personagens, tirando a entidade os outros são mais do mesmo
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