Tivemos a honra de receber o game Hazel Sky para poder te passar as primeiras impressões e já adianto, se você é do perfil gamer explorador que ama desbravar uma jornada desafiadora, tendo uma narrativa que irá exigir muito do seu lado investigativo em um cenário pós-guerra mundial, então este game é perfeito para você!
Introdução
Hazel Sky é um game de gênero aventura brasileiro, sim isso mesmo! Ele foi desenvolvido pela Coffee Addict Studio e tem participação até do criador de conteúdo BRKsEDU, com grande conhecimento no nicho dos games.
No game, entramos em um ambiente tenebroso, onde as comunidades especializadas em ciências exatas dominam a Terra e acham que a comunidade de humanas deve ser isolada, chamando até a arte de Praga, criando assim uma guerra entre pessoas de diferentes habilidades intelectuais. No meio disso, temos Shane Casey, que vem de uma linhagem de estudiosos e engenheiros e através dele, tentamos descobrir o que causou essa divisão, destrinchando o passado de sua família e de pessoas que estavam envolvidas na revolução em meio aos testes de engenharia que Shane tem que fazer para se tornar um engenheiro e continuar a linhagem da família, mas carregando a dúvida se realmente vai seguir essa carreira, por conta da sua paixão por música.
Ambientação
A narrativa tem uma linha de raciocínio muito complexa, meio sinistra e repleta de caos que existe dentro de uma sociedade em meados de 1915. Pelo fluxo dos acontecimentos que acontecem com Shane, o game nos transporta para cenários novos que diminuem a monotonia.
De uma humilde residência em um farol para lugares mais abertos, como ilhas, montanhas ou bunkers, induzindo sempre o jogador a explorar o máximo possível do local, interagir com os diversos itens que estão em cena para poder passar por cada capítulo e pescar as pistas que juntas irão montar no decorrer do jogo a história que os criadores querem nos contar. E não pense que está no controle, pois no final, você estará seguindo um caminho que eles querem que você percorra sozinho.
Jogabilidade
O desenvolvimento do game já foi pensando para o jogador explorar ao máximo os mapas de Hazel Sky, dando a Shane e tantos outros personagens flexibilidade de movimentos para saltos em movimento, escalar em grandes alturas e claro, poder tocar um violão ou fazer uma solda. No decorrer do processo, vamos desbloqueando novos movimentos que Shane pode fazer e o personagem vai avançando com a experiência de cada desafio. Além disso, temos uma liberdade enorme com o movimento do visor, podendo rotacionar ao redor dos personagens, para visualizar da melhor maneira o ambiente e eu já mencionei da interação, certo?
O que pode dificultar a experiência são os números de botões utilizados para algumas habilidades de escalada ou ações que não funcionam em certos ambiementes, como correr em montanhas. Claro que, pode ser proposital, para realmente dar dificuldade ao jogador.
Gráficos
Não venha procurando um jogo que só uma RTX 3090 e um processador Core i9 dá conta. Hazel Sky pode não ter um gráfico realista, mas os desenvolvedores conseguem surpreender.
O jogo tem um visual que pode ser comparado a de um desenho animado, sem buscar muito realismo, porém tem o cuidado suficiente com certas particularidades de objetos e consequências das ações dos personagens no cenário, como por exemplo, deixar pegadas na areia ou os vestígios de sujeira nas roupas dos personagens ao se jogarem em algum local.
Na jornada, os objetos que são utilizados como pistas ou premiações para o jogador que explora o mapa são tão valiosos para os desenvolvedores que ao pegar o item, podemos virá-lo para analisar a sua arquitetura e claro, a modelagem, textura e render. E não pense que são apenas itens que jogamos no inventário e ficam lá como conquista, não! Esses itens podem ser utilizados como lembrancinhas dentro do jogo. Achou um chaveiro? Ele pode ser pendurado na mochila de Shane.
Claro que há alguns pontos que poderiam ter tido uma atenção extra. Um exemplo seria o reflexo dos personagens em espelhos ou qualquer item metálico e alguns objetos que invadem um ao outro dentro do mapa, mas são certos detalhes que não atrapalham na jogabilidade em si, sinceramente, mas não podemos negar o incomodo visual.
O principal forte do jogo é com certeza o roteiro investigativo, dando ao jogador uma aventura intrigante, cheia de suspense e incertezas. A dinâmica de como viajamos entre as aventuras e explora o meu raciocínio traz uma reflexão da sociedade em que vivemos.
Se está entediado e quer viver uma aventura, que pode até não ser novidade, mas entrega o que promete com uma visão artística que pode ser interpretada de diferentes maneiras por cada jogador.
Nota: 7