O mundo dos quadrinhos está de luto pela morte de Keith Giffen, um dos nomes mais influentes e criativos da indústria. O artista americano faleceu na segunda-feira (9), aos 70 anos de idade, devido a um derrame cerebral. Sua morte foi anunciada pela família através das redes sociais de forma leve e descontraída com uma mensagem escrita na primeira pessoa que dizia: “Eu disse a eles que estava doente. Tudo para não ir à Comic Con de Nova Iorque. Obrigado”.
Giffen iniciou sua carreira nos quadrinhos em 1976, na Marvel Comics, onde criou o personagem Rocket Raccoon em parceria com o roteirista Bill Mantlo. Rocket se tornaria mais tarde um dos membros mais famosos dos Guardiões da Galáxia, ganhando destaque nos filmes da Marvel Studios com a voz do ator Bradley Cooper.
Em seguida, Giffen migrou para a DC Comics, onde formou uma parceria histórica com Paul Levitz à frente da revista da Legião dos Super-Heróis. Sua longa passagem pela publicação, que durou mais de uma década, é considerada a melhor fase dos heróis do futuro da DC. Giffen e Levitz conceberam a premiada “Saga das Trevas Eternas” e a transformação do gibi numa publicação sci-fi.
Giffen também foi co-criador de personagens icônicos como Lobo, um mercenário espacial violento e irreverente; Besouro Azul, um jovem herói latino que usa uma armadura alienígena; Maxwell Lord, um empresário manipulador e vilão; e muitos outros. Além disso, ele foi responsável por uma das versões mais divertidas e populares da Liga da Justiça, junto com J.M. DeMatteis e Kevin Maguire, na série Liga da Justiça Internacional.
O trabalho de Giffen com o grupo de heróis mais tradicional da editora foi marcado por um senso de humor subversivo e sarcástico, que não tinha medo de explorar o absurdo de personagens como Batman, Lanterna Verde (Guy Gardner) e Caçador de Marte. A série foi um sucesso de vendas e crítica, gerando até um spin-off centrado na formação da Liga da Justiça da Europa.
Giffen também trabalhou em outras editoras e projetos independentes, sempre mostrando sua versatilidade e originalidade. Ele foi elogiado por seus roteiros dinâmicos, seus layouts inovadores e seu estilo único de desenho. Ele influenciou gerações de quadrinistas e deixou um legado inestimável para a arte sequencial.
Keith Giffen será lembrado como um dos maiores nomes dos quadrinhos, um mestre da narrativa e um gênio da criatividade.
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