Dirigido por Justin Benson e Aaron Moorhead, o segundo episódio é um acerto acima de tudo técnico. Os momentos onde a ação preenche a tela são melhores dirigidos do que em relação ao primeiro episódio, e a opção por um episódio acima de tudo ambientado na noite e em cenários mais escuros ajudaram a esconder as imperfeições do CGI que gritavam no episódio anterior. Existem dois enquadramentos em específico onde o Cavaleiro da Lua, (com seu visual maravilhoso por sinal), está em um mesmo plano que também evidencia a lua, apesar de óbvio chamam muito a atenção por sua beleza.
Outro ponto que brilha, ou melhor, continua a brilhar é a atuação de Oscar Isaac. Aqui, sua transição entre Marc Spector e Steven Grant é melhor explorada e o ator consegue realizar isso muito bem. Seja na mudança de postura, fala ou expressões faciais, é crível que as duas personalidades sejam duas pessoas distintas. Ethan Hawke também tem um espaço maior para explorar seu personagem e aprendemos mais sobre suas motivações e passado, sua atuação continua contida sem cair no caricato ou outras mesmices, abrindo um caminho promissor para esse vilão.
O segundo capítulo se mantém firme em duas características: exposição e exploração do lado humano do protagonista. A primeira, reafirma o ponto central da história da série “a busca pelo escaravelho místico” e explica tudo o que já havia ficado na sugestão do primeiro episódio, as duas personalidades e a entidade Konshu. A segunda, é o mérito que o próprio MCU já vem realizando há anos, a exploração do lado humano de seu personagem e seus conflitos. Tal característica vem se provando o maior acerto da série e Steven Grant/Marc Spector está no caminho certo para se tornar o melhor novo personagem dessa nova leva da Marvel acompanhada por Shang Chi e Eternos.
Os únicos defeitos seguem na computação gráfica bastante visível na criatura Chacal e em alguns momentos onde o herói precisa fazer alguma peripécia, fora isso também há o humor que não é tão bem equilibrado como outras produções do MCU.
Mantendo o ritmo de seu primeiro episódio, Cavaleiro da Lua continua com seus acertos explorando o lado humano de seu personagem e abrindo um rumo interessante para seus próximos episódios.
Nota: 9,0/10