Recentemente, tive a satisfação de concluir o mais recente título de uma das minhas franquias de jogos preferidas: Assassin’s Creed. Ao encerrar a trama em Mirage, refleti sobre a melhor maneira de classificar todos os títulos dessa renomada série que, desde 2007, nos introduziu ao fascinante embate entre os Assassinos e os Templários.
Assim, meu objetivo é apresentar uma lista que encapsule brevemente minha opinião sobre todos os títulos da franquia, com ênfase predominante nos jogos principais.
Portanto, preparem suas Hidden Blades, sem a necessidade de sacrificar os dedos… e preparem-se para a lista, indo do menos ao mais destacado: Assassin’s Creed.
14. Assassin’s Creed: Valhalla
Não mencionei anteriormente, mas esta lista promete gerar discussões, ok? Em Valhalla, assumimos o papel de Eivor, com a limitação de escolher apenas o sexo biológico do personagem. Logo de início, Eivor se revela um dos protagonistas mais frágeis e genéricos de toda a saga. Desprovido de personalidade, desinteressante e sem vínculos aparentes com a Ordem dos Assassinos/Ocultos.
Inicialmente, somos introduzidos à nossa comunidade de Vikings, que reside na região da Noruega, por volta do início do século X. Após um prólogo que envolve lutas e aprendizado sobre caça na região, a narrativa efetivamente se desenrola quando Eivor e os Vikings embarcam para a Inglaterra. Nesse cenário, somos imersos em um evento histórico real, especificamente a invasão Viking no território britânico.
Entretanto, é precisamente nesse ponto que o jogo apresenta suas deficiências notáveis. Agora, a trama se concentra quase exclusivamente na conquista Viking do território britânico, sem muita diversificação. A estrutura repetitiva é evidente quando, de maneira frequente, retornamos ao nosso acampamento, consultamos a mesa de operações e escolhemos um território para conquistar. Em seguida, embarcamos nessa empreitada, executando uma série de missões até alcançar, finalmente, o ápice da conquista do território.
Continuação:
Não interprete de maneira equivocada; o jogo não é terrível. Contudo, a repetição constante acabou por me frustrar em várias ocasiões, levando-me a desejar simplesmente concluir o jogo sem verdadeiramente aproveitá-lo. Para mim, a experiência tornou-se tediosa e monótona, com personagens pouco cativantes inseridos na trama.
Além disso, mal temos, de fato, um contato substancial com a Ordem dos Assassinos. A única interação notável ocorre quando o Assassino Basim visita o acampamento Viking para fornecer informações e, em determinado momento, nos presenteia com a Lâmina Oculta. Curiosamente, Eivor a posiciona de maneira invertida, ativando-a pelo punho em vez do pulso. No decorrer do jogo, Basim se limita principalmente a oferecer missões opcionais, deixando a narrativa central carente de desenvolvimento na trama dos Assassinos.
Contudo, um dos aspectos que me conquistou no título foi o desfecho final da trama, que se revela verdadeiramente impecável, bem elaborado e dirigido. Opto por não entrar em detalhes aqui para evitar spoilers. Além disso, destaco os gráficos esplêndidos e a meticulosidade na representação de elementos e na fidelidade histórica. A presença de diversas figuras históricas também contribui para essa qualidade, sendo um ponto notável que, independentemente do Assassin’s Creed em questão, quase sempre é de imensa qualidade ou, no mínimo, memorável, nunca chegando a ser ruim.
Além disso, o sistema de Parkour do jogo segue a mesma abordagem adotada em Odyssey, permitindo que Eivor se agarre a superfícies desprovidas de rachaduras ou saliências. Compreendo que tal escolha busca tornar a jogabilidade mais acessível, no entanto, isso compromete a imersão e realismo do título. Somando-se a esses elementos narrativos pouco robustos, a jogabilidade monótona e uma campanha que se estende por aproximadamente 60 horas, minha opinião é que Assassin’s Creed: Valhalla se posiciona como o ponto mais baixo da saga.
13. Assassin’s Creed: Odyssey
Agora, ao abordar o antecessor espiritual de Valhalla, em Odyssey, temos a opção de escolher entre dois irmãos, Kassandra e Alexios, que vivem na Grécia por volta dos anos 420 a.C. Nesse ponto, retomo a crítica semelhante à de Valhalla. Ambos os protagonistas, independentemente da escolha do jogador, se revelam desinteressantes, assemelhando-se a máquinas sem vida e desprovidas de sentimentos no contexto desse universo.
Além disso, nos deparamos com vários outros problemas que se repetem em Valhalla e que, em sua maioria, me desagradaram. O vasto mapa, embora visualmente impressionante, revela-se monótono, especialmente ao atravessar extensos campos a cavalo. Outro ponto presente aqui é o Parkour simplificado, permitindo até mesmo escalar paredes totalmente lisas sem qualquer desafio.
Continuação:
Compreendo a intenção de Odyssey em se concentrar na exploração do surgimento da Ordem Templária, aqui representada como a Ordem dos Anciões. Não é uma abordagem terrível, porém, tampouco é exemplar, uma vez que, na minha perspectiva, o jogo não captura verdadeiramente a essência do que Assassin’s Creed costumava ser. Sua trama principal é confusa e carece de robustez, o que contribui para uma experiência global menos envolvente.
Além disso, o sistema de RPG em Odyssey foi particularmente frustrante para mim, já que em várias situações ele me obrigou a completar missões secundárias para obter poder suficiente e avançar na campanha principal.
Os elementos que mais me agradaram incluem o magnífico design gráfico, a presença de diversas personalidades históricas e a qualidade da representação histórica das cidades e dos pensadores da Grécia antiga. É verdadeiramente fascinante e demonstra o cuidado dedicado, a ponto de poder ser utilizado como material didático em uma sala de aula. No entanto, mesmo reconhecendo esses pontos positivos, não são suficientes para compensar a frustração que Assassin’s Creed Odyssey me causou, colocando-o entre os menos favoráveis em minha opinião.
12. Assassin’s Creed
O primeiro contato com a franquia certamente não foi perfeito, muito longe disso… Em Assassin’s Creed, somos apresentados a Altaïr Ibn-La’Ahad, um assassino de elite que, após desobedecer uma ordem, é desonrado e perde sua patente. O jogo todo narra a jornada de Altaïr em busca da redenção e de seu retorno ao posto de elite dentro da Ordem dos Assassinos.
O principal desafio aqui reside exatamente na concepção inicial da franquia, onde ainda não havia uma consolidação clara, resultando em uma abordagem notavelmente repetitiva. Pode parecer surpreendente, mas essa sensação persistiu para mim enquanto jogava Valhalla: em todas as missões, dirigimo-nos a uma região distinta das terras Levantinas para assassinar um membro crucial da Ordem dos Templários.
Continuação:
Ao chegarmos nessas regiões, realizamos uma série de missões de investigação, eventualmente descobrindo o paradeiro do alvo e, por fim, embarcamos na missão de assassinato. Após cada eliminação de um membro da Ordem Templária, somos recompensados com uma promoção em nossa patente. O dilema surge quando esse padrão se repete praticamente ao longo de todo o jogo, tornando a experiência monótona e notavelmente desinteressante ao longo da campanha.
Além disso, este é o primeiro contato com Desmond Miles, o protagonista dos tempos atuais, que neste momento está capturado e sendo obrigado a reviver as memórias de seus antepassados. No entanto, sua presença ainda não se destaca significativamente neste estágio inicial da narrativa.
Continuando, a jogabilidade também apresenta sinais de sua época, com um sistema de Parkour decente e um combate um tanto travado e lento. Não é qualquer jogador que se sentirá entretido pelo primeiro jogo da franquia Assassin’s Creed, considerando os padrões atuais da indústria de jogos. Concordo plenamente com essas considerações, mas devo admitir que aprecio a simplicidade e, ao mesmo tempo, a complexidade que o primeiro título da franquia consegue oferecer.
11. Assassin’s Creed: Liberation (HD)
Lançado inicialmente para o PS Vita em 2012, o jogo foi posteriormente relançado com gráficos aprimorados para Xbox 360 Arcade e PS3. Mais tarde, em 2019, ocorreu um novo relançamento para Xbox One, Series X|S, PS4, PS5 e PC, em conjunto com Assassin’s Creed III Remastered, sendo essa a versão que joguei.
Assumimos o controle de Aveline de Grandpré, a primeira protagonista “assassina” de toda a franquia, que reside na Louisiana e luta incansavelmente contra as forças espanholas que exercem influência sobre a região.
Continuação:
Devido ao fato de o jogo ser, inicialmente, um port remasterizado de um título do PS Vita, ele acaba sendo significativamente limitado, mesmo em sua versão HD para os consoles de mesa. Isso resulta em mapas relativamente menores e com menos detalhes, além de cenas cinematográficas mais restritas. Na versão original do PS Vita, o jogo enfrentava consideráveis dificuldades para manter uma taxa de quadros acima de 25 fps, tornando-o potencialmente frustrante e irritante.
Em termos gerais, a narrativa de Aveline é muito bem construída e elaborada em Liberation. Além disso, o jogo oferece uma ampla variedade de conteúdo, incluindo colecionáveis, armas e mecânicas, proporcionando uma jogabilidade que é praticamente idêntica à vista em Assassin’s Creed III. A inclusão de um final alternativo é um ponto adicional. No entanto, ainda assim, é um dos títulos mais simples de toda a franquia, muitas vezes sendo percebido mais como uma expansão de Assassin’s Creed III do que como um jogo independente.
10. Assassin’s Creed: Unity
É impossível esquecer o lançamento tumultuado e problemático de Unity. Lançado em 2014, foi a primeira incursão exclusiva da Ubisoft para a oitava geração de consoles, chegando com inúmeros bugs e problemas, a ponto de ser considerado praticamente injogável no dia do lançamento. Mesmo que, nos dias de hoje, o jogo seja plenamente jogável e proporcionando muita diversão, sua reputação ficou marcada por esses problemas iniciais. Sempre que se pensa em Unity, os bugs são a primeira associação que vem à mente.
Assumimos o papel do Assassino Arno Dorian, que, durante o desenrolar da Revolução Francesa, é injustamente acusado de um crime que não cometeu. Nessa jornada, ele descobre a Ordem dos Assassinos e torna-se um membro dedicado. Desde já, devo destacar que Arno é um protagonista bastante medíocre e desinteressante, carente de uma personalidade marcante. Além disso, sua relação romântica com sua “irmã de consideração“, Élise de la Serre, parece forçada.
Entretanto, em relação à história, devo ressaltar que Assassin’s Creed: Unity apresenta um enredo satisfatório. Além disso, merece destaque o fato de que o jogo proporciona o parkour mais fluido, realista e divertido de toda a saga. Por outro lado, seu sistema de combate, embora seja relativamente bom, pode ser um tanto frustrante para jogadores clássicos ou iniciantes. No entanto, com um pouco de adaptação, pode se tornar agradável e bastante divertido. Por fim, a personalização de armas e trajes que Unity oferece é simplesmente fantástica, proporcionando uma ampla variedade de estilos diferentes.
Continuação
Assassin’s Creed: Unity também oferece um modo online muito divertido, que conta com uma comunidade de jogadores ativos até os dias atuais. É possível desfrutar de momentos muito agradáveis jogando com amigos. Além disso, vale mencionar a expansão Dead Kings, que adiciona uma sequência adicional à história do jogo. Esta expansão é bastante interessante e substancial, inclusive proporcionando uma região extra para exploração na França revolucionária. E o melhor de tudo: é totalmente gratuita!
É digno de nota que os títulos subsequentes a Unity melhoraram significativamente as áreas em que o jogo foi mediano ou apenas bom. Apesar do lançamento enfraquecido pelos bugs, Unity merece destaque e reconhecimento por ser um jogo bastante ambicioso para sua época. Além disso, conquistou um lugar especial em meu coração.
9. Assassin’s Creed: Origins
No primeiro título da renovação de Assassin’s Creed, que adotou um formato completo de RPG, assumimos o papel de Bayek de Siwa por volta do ano 40 a.C. Após a perda de seu filho, que foi assassinado por membros de uma espécie de culto conhecido como a Ordem dos Anciões, Bayek decide caçar e assassinar cada um dos membros desse culto.
Em Assassin’s Creed: Origins, exploramos mais profundamente o surgimento da Ordem dos Assassinos, que, inicialmente, é conhecida apenas como Ocultos (Hidden Ones).
Continuação:
Bayek e sua esposa Aya são considerados os primeiros verdadeiros Assassinos, e juntos, criam uma narrativa muito bem elaborada e intrigante durante a campanha principal.
Entendo perfeitamente. Assassin’s Creed: Origins é, de fato, um excelente jogo. No entanto, não podemos ignorar os diversos problemas e aspectos que deixaram a desejar dentro desse universo, como o sistema de progressão altamente punitivo, as mudanças iniciais no estilo mais arcade do parkour e o combate mais lento com influências Soulslike. No entanto, é inegável que o jogo apresenta uma campanha cativante, personagens envolventes e representações históricas simplesmente sensacionais.
8. Assassin’s Creed: Syndicate
Syndicate marca o início de uma nova era após os desafios enfrentados pelo lançamento de Unity. Lançado em 2015, o jogo apresenta os irmãos gêmeos Jacob e Evie Frye, imersos na Revolução Industrial. Em um surto epifânico em sua juventude, decidem empreender a missão de libertar a Inglaterra das mãos do Grão-Mestre Templário, Crawford Starrick.
Apesar de apreciar bastante a personalidade de ambos os protagonistas, devo admitir que a campanha principal deixa muito a desejar, apresentando uma história relativamente medíocre que, em alguns momentos, carece de originalidade, tornando-se monótona e repetitiva. No entanto, como contrapartida, o jogo oferece uma representação fabulosa e extremamente fiel de Londres durante o período Industrial. Além disso, Syndicate também incorpora muitas personalidades históricas bem conhecidas da época, o que é interessante, fiel e divertido.
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A jogabilidade de Syndicate também se destaca, agora com um sistema de combos que proporciona um combate rápido e fluido, mas desafiador. Além disso, o jogo conta com uma DLC disponível que traz à tona Jack, o Estripador, acrescentando algumas horas adicionais de jogo. Em minha opinião, é uma DLC decente que conseguiu proporcionar uma experiência bastante divertida.
Concluindo, na minha opinião, Syndicate é um bom jogo. Seu principal problema foi, em grande parte, a desconfiança gerada pelo lançamento de Unity no ano anterior. Além disso, as mecânicas mais simples em comparação com as introduzidas por Unity um ano antes também geraram certa estranheza.
7. Assassin’s Creed: Mirage
Mirage foi a última empreitada da Ubisoft até o presente momento, prometendo um retorno às origens, e de fato, cumpriu essa promessa como um jogo notável. Aqui, assumimos o controle de Basim Ibn Ishaq, acompanhando toda a sua jornada desde os dias como um bandido de rua até sua evolução como um verdadeiro mestre Assassino.
Basim emerge como um protagonista notavelmente interessante e carismático. Aliado a um enredo envolvente que cativa a cada momento, Assassin’s Creed: Mirage se destaca como um excelente título da franquia, surpreendendo especialmente pela sua qualidade. Com uma campanha mais curta em comparação aos últimos títulos, Mirage acerta em cheio ao oferecer reviravoltas, uma narrativa envolvente, realismo e vivacidade.
Continuação:
A jogabilidade representa uma evolução em relação a Valhalla, introduzindo novas mecânicas, incluindo o Foco do Assassino. Essa habilidade permite que Basim elimine imediatamente múltiplos inimigos de uma vez. Embora seja uma adição divertida, a sua visualização pode não agradar a alguns fãs mais antigos.
O sistema de Parkour se destaca pela sua fluidez, proporcionando uma experiência agradável de se acompanhar. O combate, por sua vez, é bem elaborado e extremamente divertido. Assassin’s Creed: Mirage, para mim, representa tudo o que eu desejava em substituição a Odyssey e Valhalla.
Já produzimos uma Review de Assassin’s Creed: Mirage, confira clicando AQUI!
6. Assassin’s Creed IV: Black Flag
Black Flag, sem dúvida, destaca-se como um dos melhores jogos de toda a franquia, introduzindo diversos elementos fantásticos. O clássico combate naval é um dos grandes destaques, permitindo que você, a bordo de seu navio denominado Gralha, explore os mares, enfrente outras embarcações, aprimore seu navio e até mesmo participe da caça de baleias em um sistema inspirado em Resident Evil 4.
Além disso, Black Flag oferece um sistema de parkour fluído e um combate dinâmico, rápido e divertido, inspirados e derivados em grande parte de Assassin’s Creed III. O enredo do jogo também não fica para trás, apresentando uma variedade de personagens interessantes e mostrando a jornada do protagonista Edward Kenway, que evolui de um pirata preocupado apenas com dinheiro e fortuna para se tornar um verdadeiro Mestre Assassino, lutando pelo que ele considera verdadeiramente correto.
Continuação:
A exigência de realizar objetivos secundários no mar aberto para aprimorar o navio foi um aspecto que me desagradou em particular. Isso se torna notável, pois as missões da campanha não fornecem recursos suficientes para a melhoria isolada do Gralha. Essa abordagem de design pode impactar a fluidez da progressão no jogo e, para alguns jogadores, pode ser considerada um elemento menos agradável.
Além da notável repetitividade em diversos momentos da campanha, o jogo frequentemente exige que os jogadores sigam alvos sem serem detectados em seções de gameplay extensas e, por vezes, monótonas. No que diz respeito à jogabilidade, comandar o navio em Black Flag pode ser bastante frustrante. Embora eu compreenda a busca pelo realismo, concordo que isso não deixa de ser uma fonte de frustração.
5. Assassin’s Creed: Rogue
Rogue representa uma versão aprimorada de Black Flag em termos de jogabilidade, mas traz uma trama completamente diferente. Lançado inicialmente em 2015 para a sétima geração de consoles, Rogue foi a investida da Ubisoft para agradar aos fãs que ainda não haviam migrado para a oitava geração. E, bem, eles acertaram em cheio.
Em Rogue, assumimos o controle de Shay Cormac, um Assassino que começa a questionar os dogmas de sua própria crença. Ao tentar mudar isso por conta própria, encontra-se encurralado por todos aqueles que um dia considerou amigos. Esse conflito leva Shay a romper seus laços com os Assassinos, tornando-se um templário.
Continuação:
Apresentando um enredo cativante que leva qualquer jogador a questionar as crenças dos Assassinos da mesma forma que Shay, Rogue oferece praticamente uma jogabilidade idêntica à de Black Flag, mas com várias melhorias notáveis. Isso inclui especialmente o controle naval, onde Shay comanda o Morrigan, seu navio de guerra, com uma jogabilidade aprimorada e mais divertida. Além disso, Rogue expande o cenário de exploração, oferecendo mais mapas para serem explorados no mundo aberto enquanto navega com o Morrigan.
O principal ponto fraco de Rogue reside na sua duração, já que é o Assassin’s Creed mais curto de todos, contando apenas com 6 sequências e uma campanha principal com média de 10 horas. No entanto, é indiscutivelmente um dos melhores da saga, destacando-se por abordar de maneira acertada uma abordagem diferenciada.
4. Assassin’s Creed III
Entramos agora naquilo que considero a Era de Ouro da franquia, começando com Assassin’s Creed III, que marcou uma nova fase na saga. Ambientado durante a Revolução Americana, começamos no controle de Haytham Kenway (filho de Edward Kenway). Posteriormente, assumimos o controle de Connor Kenway, ou pelo seu nome indígena: Ratonhnhaké:ton, que é filho de Haytham.
Ambos os protagonistas são notáveis; Haytham, com sua persona canastrona, e Connor, mais reservado, fechado, bruto e contido nas emoções. Recordo-me de, na época do lançamento, ter visto muitas críticas relacionadas à personalidade de Connor. Embora concorde que ele seja um personagem menos carismático em comparação a vários outros protagonistas, para mim, ele ainda transmite mais autenticidade nesse universo do que Kassandra, Aléxios e Eivor, por exemplo.
Continuação:
O enredo é verdadeiramente espetacular, transportando-nos para os Estados Unidos durante a Guerra dos Sete Anos, repleto de personalidades marcantes e fiéis à época. Além disso, finalmente, experimentamos uma jogabilidade envolvente no contexto atual, com a participação de Desmond, proporcionando um desfecho espetacular para todo o arco vivenciado nos jogos anteriores até este ponto.
A jogabilidade representa igualmente um dos aspectos mais destacados; Connor, sendo um indígena habilidoso na arte de escalar árvores, oferece uma melhoria considerável enquanto saltamos entre os galhos. O combate é fenomenal, extremamente ágil e brutal, servindo como inspiração para as mecânicas presentes em Black Flag e Rogue. Além disso, Assassin’s Creed III marca a primeira introdução das batalhas navais, embora sejam mais limitadas e lineares nessa edição.
Para concluir, uma das potenciais fontes de frustração para os jogadores de Assassin’s Creed III é a sua narrativa gradual. Inicialmente, controlamos Haytham, seguido por Connor em sua infância, adolescência e posteriormente em seu treinamento para tornar-se um assassino, até finalmente assumir completamente esse papel. No entanto, apesar desse ritmo mais lento, é inegavelmente um jogo sensacional e um dos meus favoritos em toda a saga.
3. Assassin’s Creed: Brotherhood
Brotherhood, sem dúvida, figura como um dos melhores da saga e merece ocupar a terceira posição no pódio desta lista. Atuando como um refinamento de Assassin’s Creed II, a narrativa deste capítulo prossegue com Ézio já em uma fase mais avançada da vida, continuando exatamente de onde Assassin’s Creed II terminou.
Neste título, já testemunhamos inúmeros aprimoramentos em relação ao seu predecessor. É a primeira vez que experimentamos o combate frenético com matanças em sequência, além de melhorias significativas no sistema de Parkour. Também foi introduzido um minigame envolvendo a compra de lojas na cidade para gerar renda, e um mapa completamente novo foi apresentado: Roma, com sua majestosa representação, fiel e fascinante.
Continuação:
Finalmente, o jogo também introduz uma mecânica que reflete o próprio nome do título, “Brotherhood” (Irmandade). Ao longo da campanha, somos apresentados à mecânica de “recrutar pessoas comuns” para se juntarem à Ordem dos Assassinos. Durante a jogabilidade, podemos convocá-los para auxiliar em combates ou na execução de assassinatos contra alvos específicos.
Por último, Brotherhood também oferece uma rica variedade de conteúdo adicional, incluindo as máquinas destruidoras de Da Vinci, a ambição de adquirir todas as lojas de Roma e erradicar completamente a influência templária da região. Além disso, uma expansão completa com novas missões, intitulada “O Desaparecimento de Da Vinci”, está disponível, fazendo parte da edição Ézio Trilogy.
Em minha opinião, é um jogo excepcional dentro da franquia, apresentando uma narrativa tão envolvente quanto a de seu antecessor, mecânicas inovadoras bem-vindas, aprimoramentos diversos e uma ampla variedade de conteúdo opcional. Foi, sem dúvida, um passo significativo para elevar a qualidade da franquia Assassin’s Creed.
2. Assassin’s Creed: Revelations
Revelations, para mim, se destaca pela história que figura entre as mais espetaculares de toda a franquia, consolidando e expandindo muito do que foi introduzido em Brotherhood. A trama continua seguindo Ézio, agora muitos anos após os eventos de Brotherhood. Em busca de entender mais sobre suas origens e a história da Ordem dos Assassinos, Ézio parte por cidades como Masyaf (um dos berços da Ordem dos Assassinos) e Constantinopla. Durante essa jornada, ele desvenda mais sobre o que aconteceu com Altaïr após os eventos do primeiro jogo original.
A visão apresentada por Altaïr em AC1 é notavelmente mais limitada e desprovida de vida. Por outro lado, em Revelations, ao estarmos em contato com os eventos de sua vida, conseguimos perceber verdadeiramente a grandiosidade de Altaïr como um personagem incrível e um verdadeiro Mestre Assassino. A estrutura da jogabilidade da campanha reflete essa abordagem, com Ézio explorando o presente e com Altaïr revivendo suas memórias em forma de “flashbacks”.
Continuação:
Em termos de jogabilidade, Revelations não apresenta grandes inovações, mantendo praticamente todos os aspectos introduzidos em Brotherhood. No entanto, introduz um minigame de “Tower Defense” onde os jogadores devem defender seus territórios contra invasões templárias, liderando suas tropas. No que diz respeito ao parkour e ao combate, a única inovação notável é a lâmina-gancho, utilizada pelos Assassinos de Constantinopla. Quando Ézio adquire essa ferramenta, novas mecânicas de parkour e combate são incorporadas à jogabilidade.
Para mim, sem dúvida, é o segundo melhor título de toda a saga. A história cativante, a trilha sonora envolvente, o nível de detalhes da cidade de Constantinopla, as representações precisas de personalidades históricas e até mesmo a evolução notável de Ézio, agora com 52 anos, fazem deste jogo uma verdadeira obra de arte em minha opinião. Ele se consagra como o segundo melhor nesta lista.
1. Assassin’s Creed II
Não poderia ser diferente, não é mesmo? Assassin’s Creed II continua sendo o melhor da saga até os dias de hoje, na minha opinião. Trazendo inúmeros aprimoramentos em comparação com seu antecessor, um protagonista vivo e muito carismático nesse universo, um sistema de Parkour muito melhor, e um combate menos frustrante, embora não tão bom quanto em Brotherhood.
O ponto mais forte aqui é também a sua história; minha nossa, como é fascinante a maneira que a mesma te prende nesse universo. Pela primeira vez, vimos Ézio Auditore passar de um jovem irresponsável para um verdadeiro adulto e Assassino íntegro, que segue os princípios da ordem e suas crenças como um verdadeiro mestre.
Continuação:
Somos apresentados a uma grande região da Itália para ser explorada, passamos por Ézio em cidades como Toscana, Veneza, Forli e Monteriggioni, com ampla qualidade em detalhes históricos e gráficos que continuam agradáveis até os dias de hoje. Em conjunto, também temos duas expansões que incluem missões bem legais e interessantes, que são A Batalha de Forli e A Fogueira das Vaidades, além de serem uma paródia de eventos reais, elas já vem inclusas na edição Ézio Trilogy.
Resumindo, na minha perspectiva, Assassin’s Creed 2 é um jogo fantástico que ainda merece ser apreciado nos dias de hoje, apesar de sua jogabilidade ter envelhecido ao longo do tempo, considerando que foi lançado em 2009. Ainda assim, oferece um conteúdo rico em detalhes, uma história fascinante e representa, para mim, o início do que foi a era de ouro de Assassin’s Creed.
Requiescat in Pace
Esta é a minha perspectiva pessoal ao classificar toda a saga Assassin’s Creed com base nas experiências que tive jogando. No entanto, é importante ressaltar que opiniões podem variar, e estou aberto a conhecer diferentes pontos de vista e ouvir como outras pessoas classificariam esses títulos.
E você? Teria uma classificação diferente? Compartilhe conosco da Alternativa Nerd, ficaríamos felizes em conhecer a sua opinião!
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